Orvalho da Manhã

Sou frescura da manhã Sou orvalho ao relento Sou poesia e mulher Sou dona do meu pensamento… Vivo um dia de cada vez Na ilusão da fantasia Sou alquimia isolada Sou um pouco de magia… Sou pesadelo constante Do medo sou infantil Da escuridão da noite Sou um tanto senil… A vida é um dom virtual O amor um paraíso Se cada um se respeitar Tudo fará mais sentido… O amor fala mais alto Aqui dentro do meu peito É como a natureza em flor É símbolo de amor-perfeito!!

Quisera eu ser poeta Minha alma poder lavar No rio dos navegantes Minhas penas afogar…   Marejando no veleiro Junto daquele marinheiro Que rema sem rumo e sem remo Noite e dia sem cessar…                                             Queria dizer-te ao ouvido Queria fazer-te um agrado Queria oferecer-te o meu amor E pintar o teu retrato… Sonhei contigo ao meu lado Amei-te perdidamente Sussurrei durante a noite Suspiros gritos e ais Todos aqueles carinhos Que não posso esconder mais… Quisera apertar-te ao meu peito Danças contigo ao meu jeito Embalar-te docemente As canções de antigamente Naquela noite ao luar!!

Deixe a aragem entrar! Abra a janela da vida para ela refrescar! Não deixe passar o momento não dê voz ao ressentimento, não o guarde no peito não se feche desse jeito... Dê asas à imaginação permaneça em sintonia ouça a voz do tempo como uma leve melodia... Deixe a vida sorrir como a rosa a florir, no jardim do pensamento não abafe para si as alegrias do momento... A saudade é primor é a certeza que vivemos cada dia um grande amor, amor de família amor de amigos amor à caridade amor a Deus e à Santíssima trindade!!

Silêncio que mata a alma silêncio que não acalma, silêncio que não cabe no peito silêncio que transborda, silêncio que não finda... Porquê diria eu? ... É resposta que retarda, é tristeza que amarga é o fervilhar da mente, cansada e não mente... Ás vezes está ausente outras, está bem presente, é como algo que prende que não flui, que cansa, que vem e vai e é dormente... É como grilhões no mar que se transformam num tormento, é como a tempestade forte causa turbilhão e medo  no mar-alto sem ter fundo navegando, vai sem rumo... É o repuxar do tempo que regride em transversal é o romper da aurora que ao invés, ao normal... Vai deixando em banho-Maria uma leve sinfonia, que desafina, que esfria que aturde num vazio...